Era uma fraldinha do Lucas. Cobri, limpei boca, usei de fralda mesmo quando as alergias atacaram.
Agora é cobertor de boneca.
Já foi bandana de pirata.
Véu de noiva.
Saia.
Kilt.
Vestido.
Toga.
E hoje me escondia.
- Cadê a mamãe? - eu perguntava, o olhar perdido na imensidão branca que me cobria o rosto.
A voz fininha de menino-moleque vinha do outro lado:
- Não tá atí!
De repente, depois de tanto me achar e me esconder, sucessivamente, saiu correndo:
- Tasmaaaa! Buuuu! Aaaaaah!
Eu era fantasma. Bu. Corram, crianças!
Que nunca se perca a incrível habilidade humana de ver para além do olhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário