quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Por quês

De todas as coisas que eu imaginava que Clara poderia me perguntar sobre o desfile das escolas de samba, na TV, nem passei perto disso:

- Mamãe, é isso?
- É isso. O desfile é esse. As pessoas, os carros alegóricos... É meio isso, mesmo, filha.
- Hum.
- É chato?
- Não. É legal. (entusiasmo zero. haha).
- Se você não quiser ver, não precisamos.
- Não, é legal.
- ...
- Quem é o chefe?
- Chefe? Filha, sabe, não tem bem essa coisa de hierarquia, não. Não tem chefe.
- Então todo mundo é o chefe?
- Não. É mais, assim, ninguém é o chefe.
- Hummm... (desconfiadíssima).


Depois de algum tempo, mostrando uma foliã aleatória:
- Mamãe, como ela chama?
- Filha, não sei.
- E essa? (mostrando outra)
- Mamãe também não sabe. Tem cinco mil pessoas, filha. Não vai aparecer o nome das cinco mil que estão desfilando só nessa escola.

Em tempo: não sei se são cinco mil, mas são muitos mil. Generalizei.

Nessa hora apareceu a madrinha de bateria, dona Fulana. Aí falei:
- Olha, essa aí apareceu o nome. É a dona Fulana, e ela é a madrinha de bateria.
- Nossa, que linda! Que fantasia linda! (tudo verdade).
- É, né, filha? Também achei.
- Mamãe...
- Eu.
- Por que você não foi assim, no Carnaval?


Tá decidido. Ano que vem vou de madrinha de bateria. ^^



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