Na cama, chamegando antes de dormir, olhei pra ela e para o menino no meu peito e pensei: como a vida mudou depois deles, por eles. E para eles.
Estiquei minha mão e fiz um carinho nos cachinhos dourados da Ana Clara:
- Filha, obrigada. Obrigada de ter vindo para a minha barriga.
Tantas vezes minha mãe me agradeceu por isso, eu nunca entendi. Hoje eu entendo, mãe. Mas também não soube responder, numa vida inteira, tão bem quanto a minha pequena de quase 4 anos respondeu:
- De nada, mamãe. Sabe, foi Papai do Céu que me escolheu.
Deu aqueles nós na garganta que são apertados que só, mas que também são gostosos.
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