sábado, 28 de março de 2015

Coisas do Tempo

Festa à fantasia com gente tão querida, por motivo tão nobre. O Lucas dormiu. A Clara fez amizade e foi brincar, de vez em quando eu conseguia agarrar pra dar um salgado, uma água, "quer bolo?". Com os braços livres, fiquei perdida sendo só eu - meus braços nunca estão livres, meu colo às vezes é disputado aos gritos chorosos. Só que não. Só que é tudo efemeridade e transição, e ontem meus braços ficaram livres um tempão. E, livre, me senti presa - não de uma maneira ruim. Me senti presa às minhas escolhas, me senti previamente nostálgica dos meus filhos pequenos, e renovei mais uma vez a promessa de viver ao máximo cada dia. Como naquela música quase cafona que minha mãe cantarolava pela casa e que agora soa na minha voz pelos corredores daqui, "a gente leva da vida, amor, a vida que a gente leva...".

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