Me falaram que se eu ficasse assim, pegando ela no colo o tempo todo, dando aconchego e mimo e paparico, ela ia ficar muito dependente.
Amamentar também, até sabe-se lá quando, pura dependência.
E se acostumasse a dormir comigo, certeza que a independência seria tardia - tardia demais, capaz de nem acontecer.
E não era pra deixar ela se alimentar no meu colo.
E não era pra deixar ela no colo a não ser que estivesse com dor ou se esgoelando de chorar.
E dormir no colo, então, valha-me Deus e Nossa Senhora, que isso é um grude que não acaba mais.
Acostumar com banho junto, filme junto, tudo junto...é muito junto.
Cadê essa galera na hora de explicar o final de semana que Ana Clara passou comigo, mas totalmente desligada de mim?
Tirando umas duas "acordadas" sonolentas, em que eu ouvi um rápido "quero colinho...", eu nem a via. Ou melhor, eu via. Ali, com uma tia. Aqui, com o avô. A madrinha foi levar no banheiro. Chamou a amiga da mãe pra ajudar a varrer. Pegou a babá pela mão e foi mostrar o parquinho. Pediu pro padrinho ajudar a subir os degraus da brinquedoteca. O tio para balançar a rede. Todo mundo tentando dar comida, mas quando era eu ela desconversava, "não, tal pessoa já deu papá pra mim".
E pra mim? Um rápido "mamãe, eu vou nadar com o meu pai. Beijo, te amo".
Beijo, te amo.
Quando vier deitar, apaga a luz, tá bom?
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