terça-feira, 27 de maio de 2014

Dos motivos pelos quais chegar em casa é o máximo

Chegar em casa é o máximo, porque ela vem correndo com os bracinhos esticados, os olhinhos arregalados, e na boca o sorriso se mistura ao mantra "mamãe, mamãe, mamãe, mamãe, mamãe!" - entoado do cômodo em questão até a porta da sala, culminando num abraço e na drástica mudança, "mamãe, vem comigo, quero te mostrar uma coisa!".

Chegar em casa é o máximo, porque às vezes tem flor, ou desenho, ou coração que a tia ajudou a recortar com marca de batom no formato de um beijo:

- Ó, um beijo. Meu, pra você!

Chegar em casa é o máximo, porque tem dengo trocado e até criança que mima a mãe:

- Mamãe, quer um copo d'água, quer? Eu pego pra você!

Como dizer que eu não quero? Capaz de tomar uns cinco litros de água, num dia.

Chegar em casa é o máximo, porque ela me ajuda a passar o creme anti-estrias na barriga.

- Conversa com o seu irmãozinho. O neném ainda não fala, mas já te escuta...
- Ô, neném... eu te amo!

Chegar em casa é o máximo. O máximo dos máximos. E pensar que daqui mais ou menos seis meses, em casa terei dois máximos me esperando. Medo até de o coração inflar de amor e alegria, feito um balão, e ficar flutuando logo acima do meu sorriso bobo.

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